poesia

poesia

12 de novembro de 2015

Coisas do Vento!










O meu olhar levantei,
para ao vento perguntar,
se ele sabe o que eu não sei,
para poder-me informar:

Se de onde ele atrás partiu,
por aldeia, serra ou vale,
a minha amada ele viu,
que me diga e não se cale.

O vento lesto amainou,
e por branda rabanada,
gentilmente me informou,
sim, que viu a minha amada.

Ia linda a atravessar,
uma ponte dum ribeiro,
que fixou nela o olhar,
seduzido e prazenteiro.

E que em tal estado ficou,
que seu controlo perdeu,
e com tal força ventou,
que sua saia lhe ergueu.

Volta para junto dela,
disse-me antes de abalar,
pois podes ficar sem ela,
se um outro vento a levar.

2 comentários:

  1. Quem nunca perguntou nada ao vento?? Este, em termos poéticos, é um extraordinário mensageiro que com a sua enorme liberdade nos traz notícias, às vezes menos boas. No caso deste lindo poema, ele trouxe ao poeta maravilhosas informações da sua amada e até alguns conselhos lhe deu para não mais a perder. Amigo, abraço-o com muita ternura e encantada pela sua poesia!!!

    ResponderEliminar
  2. Zé querido... No tempo do vento, os amores correm e voltam... Adoro sua poesia.
    Bjusss

    ResponderEliminar