poesia

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24 de outubro de 2014

As mazelas da Mãe Terra!











Do mui belo que ela pariu, a amputámos,
deixámos o seu corpo, do verde desnudo,
as suas muito puras vestes lhe rasgámos,
e tornámos débil seu céu, o nosso escudo.

21 de outubro de 2014

Registos de outrora!













Sobre o livro da minha vida me vi debruçado,
para os meus registos de outrora poder recordar
e pós a última das folhas lhe ter desfolhado
regressei ao desfolhar para as saudades matar.

13 de outubro de 2014

O umbigo!













A tão bela depressão,
sita em todo e qualquer ventre,
se diz que foi criação,
porque Adão estava carente.

Um Camelo, certo dia,
questionou o Pai Adão,
quis saber o que sentia,
p'la carência, e a razão!

Pai Adão lhe respondeu:
Preferia ser Camelo,
porque a ti Javé te deu,
um parceiro, teu modelo.

O Camelo refutou:
Um parceiro? Olha que não!
E bem alto gargalhou,
o que confundiu Adão.

Pedagógico, o Camelo,
explicou ao Pai Adão,
o que ditingue o modelo,
e a sua doce função.

Esclarecido, o Pai Adão,
passou a reivindicar,
a Javé, a criação,
do seu almejado par.

Bom Javé, omnipotente,
os seus dedos estalou,
forjou Eva num repente,
e para Adão a lançou.

E também, ar brincalhão,
premiu seu ventre e lhe disse:
toma lá, grande mangão,
curte o sexo e... malandrice!

Assim nasceu o umbigo,
p'lo gesto de um Deus amigo.

10 de outubro de 2014

A bomba Bosão de Higgs!











Fora eu do Universo o arquitecto,
o bosão de Higgs não traria p'rá ribalta.
Dar-lhe-ia outra função e outro tecto,
em local onde creio fazer mais falta.

Lançá-lo-ia noutro espaço em Além,
para o que se diz ser inferno o sentisse
e um outro arquitectava para Aquém,
com carga chamada amor, quando explodisse.

6 de outubro de 2014

O Amor!













O Amor é:
como se fosse uma clave,
quando pauta em sinfonia,
e se molda numa chave,
para abrir porta à magia.

O Amor é:
a mui bela mariposa,
quando em constante labuta,
no vaivém de rosa em rosa,
os seus pólenes permuta.

O Amor é:
passaporte com chancela,
para os amantes fruírem,
e que franqueia a janela,
para os corpos se fundirem.

O Amor é:
o que sente p'la guitarra,
a canção tida por fado,
às suas cordas se agarra,
quando por ela tocado.

O Amor é:
o que desta jamais parte,
não vai com quem dele morre,
é uno mas se reparte,
e por todo o mundo corre.

O Amor é...

5 de outubro de 2014

Sonhar!











Movido pelo sonho, ousei demandar
rumei à quimera, minha terra do sonho,
para nela beber e poder encontrar,
todo o devaneio, de que não me componho.