poesia

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30 de setembro de 2013

Vale sem lágrimas!











O mundo chora sem lágrimas, porque vazio.
E não tem onde ir a captá-las, o Vale secou.
O homem, incauto, insano ao modo gentio,
para Vale deserto sem água, o transformou.

Porque sem lágrimas, para em chuva as derramar,
lancá-las ao Vale, como o esperma ou semente,
vê-se um mundo infecundo, incapaz de procriar,
voltar a ser vedor e da lágrima a nascente.

24 de setembro de 2013

Povo castrado!











Povo castrado como se fosse um eunuco,
sem seu escudo a odalisca, posto de lado,
porque entendido em estado gasto e caduco,
é posto à margem pelo euro um califado.

Povo castrado, sem falo para gerar,
o seu próprio califado em seu espaço,
as suas próprias odaliscas, para amar,
e o seu escudo, a sua muralha de aço.

Povo castrado, por capado governado,
abutre a soldo de um califa sito a norte,
que rouba a nata, o povo qualificado,
e lha envia p'ra pecúlio em cofre forte.

Povo castrado...

13 de setembro de 2013

Nirvana, meu almejo!














A fim de que alcance um status Nirvana,
irei poetando em percurso Darma,
e bebendo as leis que uma fonte emana,
a mais sábia fonte, a divina Carma.

E poetarei em modos de outrora,
criando a Quadra dotada de rima,
a forma na qual o meu prazer mora,
e onde o ditame da mãe Darma prima.

E porque do Carma um seu postulado,
levarei ao verso a sílaba métrica,
para que em Nirvana, o status sagrado,
possa ver a chama da alma poética.

Status Nirvana, altar mor em poesia,
e sacro altar onde almejo ir rimar,
cumprir meu fado e minha fantasia,
para poeta assim me possa apodar.

11 de setembro de 2013

A poção em poesia!










Ao bulirem com a poesia,
barrem-na com letra doce,
e alguns pós de fantasia,
como abracadabra fosse.

E a sirvam, qual poção,
para as palavras fluirem,
dar ao poeta inspiração,
e os poemas se abrirem.

3 de setembro de 2013

O Coiso em Além!








O pós morto:

Mostra-me onde fica o Coiso, anfitrião!
Sou uma alma penada e vinda de Aquém,
desnuda do corpo, porque é condicão
e a rogar os coitos dos que o Aquém tem.

Leva-me pela mão e mostra-me os trilhos,
os que levem ao Coiso, a doce Quimera.
E permite  carregar com meus cadilhos,
os que a Aquém me prendem e lembrem quem era.

Leva-me ao sítio do Coiso, anfitrião!
Mostra as lindas almas que ele por lá tem,
satisfaz o meu desejo e meu tesão,
deixa coitar, como se coita em Aquém.

O anfitrião:

O que pensas ser o Coiso, alma penada?
Aqui não é como Aquém, um lupanar!
Daqui, do que desejas não levas nada,
porque um local de culto e não de coitar.

O pós morto:

Mas que grande porra isto, anfitrião!
Este teu Coiso de Além, não tem nexo.
Deixa que retorne ao meu corpo em caixão,
volver p'rá Aquém, p'ra poder curtir o sexo.

1 de setembro de 2013

As rédeas da vida!


As rédeas da vida são vossas, empunhem-nas!
E para que delas outros não se apossarem,
tenham-nas como que armas fossem e usem-nas,
lutem com elas pelas metas que almejarem.

Tomem as rédeas, delas vosso leme façam,
saquem os freios e os ponham à rédea solta,
varram os medos e os trapos que amordaçam,
para vogarem com bons ventos pela popa.

Tomem as rédeas e dos hermes se libertem,
e assim fruirem o sabor da igualdade.
Cerrem fileiras e outras rédeas despertem,
sejam Espartacus, lutem pela Liberdade.