poesia

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21 de março de 2012

"O porquê da poesia"














Ar carente e meditando,
era Zeus, um ser falhado,
algo lhe estava faltando,
para um Deus realizado.

E informou exaltado,
suas Cortes Divinais,
da carência, do seu estado,
estado impróprio de imortais.

E as Cortes, previdentes,
reuniram com urgência,
discutindo, sapientes,
do porquê de tal carência.

E razões não encontradas,
para tal enfermidade,
as cortes são encerradas,
não descoberta a verdade.

Eis que Euterpe, linda musa,
suposta filha de Zeus,
um tal estigma ao pai recusa,
e brada bem  alto aos céus:

A cura para um tal mal,
está na doce fantasia.
Há remédio capital,
e seu nome é: Poesia!

6 de março de 2012

"O Bando"












Contam que outrora imperava,
que vinha p'la madrugada,
que o sangue de Alfas sugava,
tornando mansa a Manada.

E que um Alfa do cercado,
mente aberta e livre, agiu,
era um Alfa Tresmalhado,
que as portas a Abril abriu.

E que o Alfa Iluminado,
com seus "vês" e fantasia,
e a par de cravos armado,
matou o bando, a tirania.

Mas o bando, porque imune,
aos rubros cravos de Abril,
renasceu e os Alfas pune,
erguendo um novo redil.

E que de novo instalado,
e sugando com voragem,
levou Alfas do cercado,
a lançarem a mensagem:

Haja um Alfa Tresmalhado,
para um outro Abril raiar,
mas de cravos bala armado,
para o monstro liquidar.

4 de março de 2012

O NOSSO FRUTO










Em teu ventre a semeámos,
semeámos por amor,
com amor a adubámos,
como se fora uma flor.

Como se fora uma flor,
flor de jardim em teu ventre,
nosso legado em alvor,
elo de amor para sempre.

E qual flor desabrochou,
de parto e vida a raiar,
a corola libertou,
para o fruto despontar.

E nasceu o ser amado,
ser amado e nosso fruto,
e dá-lo como legado,
foi o nosso contributo.

3 de março de 2012

O TACO E OS TROLLS











Abundam os trolls do taco,
e abancam por São Bento,
vendendo a Pátria a pataco,
pondo-lhe o cu ao relento.

E p'las bandas de Belém,
outros trolls de comendas,
a lixam dando o amen,
autenticando tais vendas.

Outros trolls a infestam,
são abutres rebuscando,
comendo sobras que restam,
e dessa forma a lixando.

E a Pátria, um borregão,
pelos trolls enfeitiçada,
prostrada, sem reacção,
definha, porque sem nada.