São filhos de hermes e braços do polvo,
actores de farsa de soez cariz,
gang organizado, votado p'lo povo,
e uns vasconcelos, traindo o País.
São porcos que fossam onde euros abundam,
abutres que chocam a fome no covo.
São ratos que fogem se os barcos se afundam,
vampiros que sugam a alma do povo.
São corja que o povo, na fome apascenta,
a fome que o transporta ao status de antanho,
o status de angústia, que a fome acalenta,
e o leva a portar-se qual dócil rebanho.
Que o povo se erga, se firme em barreira,
que combata a corja, reaja à pobreza,
e qual Brites de Almeida, ousada padeira
ao polvo se oponha, seja fortaleza.